Stallone Fala Sobre Rocky Balboa
O site AICN está publicando diariamente uma série de perguntas e respostas enviadas por seus leitores a Sylvester Stallone. Depois de comentar a mudança de título de Rambo IV, agora ele fala de Rocky Balboa.
Primeiro, comentou a dificuldade em tirar o projeto do papel. "A resistência principal em fazer Rocky Balboa era a idade, mas também algo profundamente pessoal. Certa vez encontrei em um evento de caridade Kirk Kerkorian, que dirigia a MGM na época, e ele disse 'Você já considerou fazer um novo Rocky?' e eu disse 'Adoraria apostar nisso'. Ele me mandou ligar para Alex [Yemenidjian, CEO do estúdio entre 1999 e 2005]. No dia seguinte liguei e ele respondeu irado: 'ninguém me diz o que fazer!'. Eu respondi, 'bem, seu chefe me mandou te ligar'. Ele disse que ninguém era o chefe dele e, nem preciso dizer, a partir daí foi game over." Stallone encontrou abrigo no Revolution Studios e, no fim, conseguiu incluir a MGM no negócio. "Eu comecei há seis anos a rodar com essa idéia por estúdios, e os executivos diziam que poderíamos fazer o filme com 8 milhões de dólares - que é um jeito sutil de mandar você passear. Pra encurtar o épico, se o presidente e o vice da MGM não tivessem sido substituídos por dois indivíduos talentosos, como Harry Sloan e Rick Sands, esse filme nunca teria acontecido. Eles disseram que era uma idéia constrangedora, porque estou velho demais para lutar. Eu disse que era mais do que apenas lutar. O filme é sobre não desistir - e se alguém como eu e o personagem estamos loucos para nos constranger, isso daria uma história interessante. Não desistir diante da adversidade. Esse filme foi 100 mil vezes mais difícil de fazer do que o primeiro." Já que o início da série veio à pauta, o ator enumerou os seus preferidos - e as suas cenas memoráveis. "Todo mundo assume que o primeiro é o meu preferido, mas tenho que dizer que Rocky Balboa mais a mais emocional e preenchedora jornada que passei na série. Talvez porque eu tenha aprendido a apreciar o que é valioso na vida, o amor dos outros, o perigo da solidão. Na ordem vêm Rocky I, II, III, IV e V. No primeiro, a cena memorável é da patinação com Adrian e a Rocky gritando para o apartamento de Mickey. A montagem do treinamento em Rocky II. No terceiro, a morte de Mickey e a luta de Adrian e Rocky na praia. Só a dor de ser atingido por Dolph [Lundgren] em Rocky IV já será lembrada para sempre. De Rocky V não tenho nada memorável."
E no sexto Rocky? "A cena em que ele volta à vizinhança, Rocky e Paulie na casa de carnes, a cena dele com o filho na rua, e a luta final, que foi mais difícil e realista do que qualquer coisa com a qual já me envolvi", enumera. Alguns executivos cujo nome devem permanecer esquecidos me sugeriram não pegar pesado no treinamento. 'Rocky deve personificar o cara normal', diziam eles. E a um mês das filmagens, seguindo a indicação deles, eu mal cabia no shorts. Não havia a menor possibilidade de rodar assim, seria horrível para os espectadores. Então eu entrei numa dieta pesada de proteínas e suplementos. Muito levantamento de pesos que eu mal aguentava. O resultado é mais plausível - Rocky está muito acima da idade, mas seu físico parece ser competitivo." Emendando sobre Rocky Balboa, Stallone disseca o processo de filmagem da luta de Rocky e Mason Dixon, interpretado pelo pugilista profissional Antonio Tarver. "É a primeira vez que Rocky luta de verdade com um profissional. Pedi isso porque atores tendem a imitar a precisão de boxeador, e isso parece bobo na tela. Na luta nós usamos o formato das lutas da HBO e as mesmas posições de câmera. Como profissional, Tarver pôde ajustar e soltar golpes de ângulos que atores não duplicariam. Eu fui nocauteado de verdade várias vezes durante a luta, e nós mantivemos isso no filme. Se você quer ver uma luta real, e não apenas os truques usuais de câmera por cima dos ombros, talvez você goste mais desse filme do que dos anteriores." Rocky Balboa foi roteirizado, dirigido, produzido e estrelado pelo próprio Stallone. A produção estréia em 22 de dezembro de 2006.
Clonado do: Omelete.
Primeiro, comentou a dificuldade em tirar o projeto do papel. "A resistência principal em fazer Rocky Balboa era a idade, mas também algo profundamente pessoal. Certa vez encontrei em um evento de caridade Kirk Kerkorian, que dirigia a MGM na época, e ele disse 'Você já considerou fazer um novo Rocky?' e eu disse 'Adoraria apostar nisso'. Ele me mandou ligar para Alex [Yemenidjian, CEO do estúdio entre 1999 e 2005]. No dia seguinte liguei e ele respondeu irado: 'ninguém me diz o que fazer!'. Eu respondi, 'bem, seu chefe me mandou te ligar'. Ele disse que ninguém era o chefe dele e, nem preciso dizer, a partir daí foi game over." Stallone encontrou abrigo no Revolution Studios e, no fim, conseguiu incluir a MGM no negócio. "Eu comecei há seis anos a rodar com essa idéia por estúdios, e os executivos diziam que poderíamos fazer o filme com 8 milhões de dólares - que é um jeito sutil de mandar você passear. Pra encurtar o épico, se o presidente e o vice da MGM não tivessem sido substituídos por dois indivíduos talentosos, como Harry Sloan e Rick Sands, esse filme nunca teria acontecido. Eles disseram que era uma idéia constrangedora, porque estou velho demais para lutar. Eu disse que era mais do que apenas lutar. O filme é sobre não desistir - e se alguém como eu e o personagem estamos loucos para nos constranger, isso daria uma história interessante. Não desistir diante da adversidade. Esse filme foi 100 mil vezes mais difícil de fazer do que o primeiro." Já que o início da série veio à pauta, o ator enumerou os seus preferidos - e as suas cenas memoráveis. "Todo mundo assume que o primeiro é o meu preferido, mas tenho que dizer que Rocky Balboa mais a mais emocional e preenchedora jornada que passei na série. Talvez porque eu tenha aprendido a apreciar o que é valioso na vida, o amor dos outros, o perigo da solidão. Na ordem vêm Rocky I, II, III, IV e V. No primeiro, a cena memorável é da patinação com Adrian e a Rocky gritando para o apartamento de Mickey. A montagem do treinamento em Rocky II. No terceiro, a morte de Mickey e a luta de Adrian e Rocky na praia. Só a dor de ser atingido por Dolph [Lundgren] em Rocky IV já será lembrada para sempre. De Rocky V não tenho nada memorável."
E no sexto Rocky? "A cena em que ele volta à vizinhança, Rocky e Paulie na casa de carnes, a cena dele com o filho na rua, e a luta final, que foi mais difícil e realista do que qualquer coisa com a qual já me envolvi", enumera. Alguns executivos cujo nome devem permanecer esquecidos me sugeriram não pegar pesado no treinamento. 'Rocky deve personificar o cara normal', diziam eles. E a um mês das filmagens, seguindo a indicação deles, eu mal cabia no shorts. Não havia a menor possibilidade de rodar assim, seria horrível para os espectadores. Então eu entrei numa dieta pesada de proteínas e suplementos. Muito levantamento de pesos que eu mal aguentava. O resultado é mais plausível - Rocky está muito acima da idade, mas seu físico parece ser competitivo." Emendando sobre Rocky Balboa, Stallone disseca o processo de filmagem da luta de Rocky e Mason Dixon, interpretado pelo pugilista profissional Antonio Tarver. "É a primeira vez que Rocky luta de verdade com um profissional. Pedi isso porque atores tendem a imitar a precisão de boxeador, e isso parece bobo na tela. Na luta nós usamos o formato das lutas da HBO e as mesmas posições de câmera. Como profissional, Tarver pôde ajustar e soltar golpes de ângulos que atores não duplicariam. Eu fui nocauteado de verdade várias vezes durante a luta, e nós mantivemos isso no filme. Se você quer ver uma luta real, e não apenas os truques usuais de câmera por cima dos ombros, talvez você goste mais desse filme do que dos anteriores." Rocky Balboa foi roteirizado, dirigido, produzido e estrelado pelo próprio Stallone. A produção estréia em 22 de dezembro de 2006.
Clonado do: Omelete.
1 Comments:
Já tinha ouvido falar desse filme. Espero que seja bom como os outros. Pelo menos a música deve ser a mesma, então já tá valendo...
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